A mania de reclamar

Por Eduardo Ferreira

Você conhece alguém com mania de reclamação?

Temos em nossos círculos, sejam familiares, de amizades ou profissionais, sempre uma pessoa que reclama.

Essa pessoa reclama do frio, do calor, do presidente, do governador, do sapato que está apertado, do restaurante que está cheio, da comida que está sem tempero… e por aí temos inúmeras queixas.

Mas o que o Espiritismo diz sobre as reclamações, queixas e lamurias?

No Livro Agenda Cristã no capítulo denominado Não estrague o seu dia, André Luiz nos traz: As suas reclamações, ainda mesmo afetivas, jamais acrescentarão nos outros um só grama de simpatia por você.

O Espírito Mateus, da Colônia Espiritual Maria de Nazaré, através da Médium Lucia, do Grupo Mediúnico Maria de Nazaré – CAVILE, em uma psicografia nos traz adoráveis reflexões sobre este tema e sobre as energias e sentimentos que envolvem o ato de reclamar:

“A reclamação parte de um estado de espírito de indignação, revolta, por algo que julgamos não estar correto, ou que não mereçamos. Ela vem nos lembrar que temos direitos e deveres. Reclamar, portanto, pode ser algo justo, desde que não se torne um vício. A reclamação deveria ser a nossa opinião, sem procurar culpados.
Reclamação sem propostas factíveis de solução é o mesmo que fazer fofoca. Só traz desconforto e não nos conduz a caminho algum.
A reclamação traz consigo uma energia negativa, que se acumulada ao longo de dias vai ficando mais e mais espessa e contagiando todo o ambiente em que nos encontramos, infestando a psicosfera”

Também trazendo uma nova reflexão, desta vez no Livro Para uso diário de Raul Teixeira, o Espírito Joanes, nos traz a reflexão: “Dessa maneira, meu irmão ou minha irmã, evite estar se lamentando acerca dos acontecimentos da sua estrada terrena. Você já sabe onde elas deverão conduzi-lo. Você deve admitir que o próprio indivíduo é responsável, consciente ou inconscientemente, por tudo o que se desdobra em seu caminho terrestre. É a lei do merecimento em plena ação, exigindo trabalho transformador para a vida”.

Divaldo nos traz, através das palavras de Joanna de Angélis, no Livro Episódios diários, que lenta, mas, sistematicamente, vai-se arraigando na personalidade do homem o hábito infeliz da queixa e da reclamação.

O queixoso padece de hipertrofia da esperança e do otimismo. Atrai a desdita e sintoniza com amargura, passando a sofrer aquilo de que aparenta desejar libertar-se. 

Para quem deseja encontrar, nunca faltam motivos de queixas e reclamações. 

Mas no mesmo Livro nos traz as palavras de Esperança:

Estabelece, no teu cotidiano, o compromisso de solucionar dificuldades, ao invés de gerá-las, ou complicá-las quando se te apresentem. 

Quem sabe confiar e trabalha, sempre alcança a meta que busca. 

 Meus irmãos, imaginemos milhões de pessoas reclamando sobre os mais diversos assuntos e, sem buscar alternativas para a resolução dos problemas que as afligem. O quanto essas reclamações trazem energias deletérias para o ambiente. Toda reclamação traz consigo energias negativas, que a cada dia fica mais espessa e contagia o orbe terrestre.

Façamos então meus companheiros desta jornada terrena, que a cada reclamação tornemos um momento de união, de busca da melhoria e da solução que julgamos injustas e que são motivos das reclamações.

Orar e vigiar em busca da diminuição das reclamações e em prol das mudanças. Lembremos que fomos criados a imagem e semelhança de nosso Pai e que nosso Mestre Jesus, mesmo tendo sido traído, açoitado, em nenhum momento abriu os lábios para reclamar.

Sejamos enfim, gratos pelas oportunidades apresentadas a nós a cada dia, não reclamemos e sim encaremos como fontes de aprendizado.

Sejamos gratos pela oportunidade que temos a cada manhã de abrir os olhos e contemplar as maravilhas de Deus.

Sejamos gratos pela saúde, pela família, pelo trabalho e pela vida.

Gratidão a você que leu esse texto feito com amor, carinho e atenção.

Eduardo Ferreira é voluntário na União Espírita Sorocabana.

A mania de reclamar
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6 ideias sobre “A mania de reclamar

  • 24 de julho de 2022 em 18:05
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    Edu, parabéns pela reflexão e referências… Nós, que nos dizemos “Espíritas”, devemos sempre nos ater a seguir esta conduta. Orar e vigiar sempre! Sabemos que é difícil, mas não impossível. Um belo ensinamento para melhorarmos nosso dia a dia. Gratidão pelas palavras meu amigo!! 🙏🙏

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    • 25 de julho de 2022 em 07:00
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      Excelente Eduardo, que tenhamos sempre em mente que nossa realidade é criada por nossos pensamentos, palavras e atitudes. Obrigada pela reflexão.

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  • 24 de julho de 2022 em 19:48
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    Edu gratidão por suas palavras e reflexões. Muitas vezes escondemos nas reclamações um descontentamento com um companheiro (a) de jornada, uma crítica a uma pessoa ou situação. E isso vai se tornando uma constante em nosso dia-a-dia e não percebemos o emaranhado de energias negativas em que vamos entrando. Os alertas estão aí. Bendita Doutrina do Mestre que nos mostra o caminho a seguir. Benditos nossos companheiros, como você estimado amigo, que nos alertam para essas verdades. Parabéns Edu!!!

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    • 24 de julho de 2022 em 20:21
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      Eduardo, linda reflexão quantas vezes estamos reclamando e a doutrina espírita nos ensina com amor, para não reclamar, não julgar… Que eu possa pensar mais antes de reclamar, de julgar, aceitar e a transformar o que estiver ao meu alcance. Um abraço fraterno.

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  • 24 de julho de 2022 em 21:12
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    Eduardo, que tema oportuno meu amigo! A reclamação constante nos leva ao vitimismo que faz de nós pessoas pequenas, mesquinhas e egoístas! Que esta reflexão nos ajude a sairmos do comodismo porque o “reclamão” sempre é alguém comodista que ao invés de ir à luta e conquistar seu espaço prefere ser ocioso se fazendo de coitadinho. Gratidão! 🙏🙏🙏😀

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