A responsabilidade dos Dirigentes dentro das Casas Espíritas

Por Danilo Kostenko

Queridas irmãs e queridos irmãos, minhas saudações.

Hoje abordo um tema relativamente delicado dentro do chamado “meio” Espírita, que é a responsabilidade dos dirigentes nas Casas Espíritas.

Considero delicado, pois a grande maioria de nós (onde me incluo), começou a estudar os maravilhosos ensinamentos da Doutrina motivados pelas aflições interiores, buscando uma resposta lógica e confortável para sanar estes sentimentos, sem a aplicação do pragmatismo religioso.

Em hipótese alguma teço críticas às demais Denominações Religiosas, bem como sua forma de condução, pois sabemos que todos os caminhos nos levam à elevação moral e espiritual, cada um dentro de seu entendimento.

O que chamo a atenção (começando por mim mesmo), é a responsabilidade de quem dirige ou conduz uma Casa Espírita.

Diferentemente de outras denominações, o Espiritismo (termo criado através da Codificação), baseia-se na Ciência para a constatação dos fatos, na Filosofia para questionar as apurações da Ciência, e não menos importante, do Evangelho do Cristo na busca pelo autoconhecimento.

Quando remetemos às Obras da Codificação, a Casas Espíritas abordam principalmente os ensinamentos do Evangelho Segundo o Espiritismo e do Livro dos Espíritos, muitas vezes deixando de lado os ensinamentos do Livro dos Médiuns, uma obra que reúne o ensino especial dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o mundo invisível, no desenvolvimento da mediunidade, e as dificuldades e “tropeços” que se podem encontrar na prática do Espiritismo.

Não se trata de discutir ou criticar o que é certo ou errado dentro das Casas, mas para refletir:

Uma grande parte de nós conheceu o Espiritismo através de alguma forma de dor e/ou sofrimento interior, e quando nos dirigimos a uma Casa Espírita, procuramos desesperados por respostas, amparo e carinho… Ou seja: acolhimento.

E quando digo acolhimento, aplico principalmente aos espíritos desencarnados, que chegam a somar um número quase 4 (quatro) vezes superior aos encarnados em um trabalho espiritual, como descrito no livro “Os Mensageiros”, pelo Espírito de André Luiz.

Leon Denis, através de sua apurada percepção pela Doutrina enquanto encarnado e desencarnado, nos mostrou que grande parte dos Centros Espíritas afastava os frequentadores pela busca de de esclarecimento, devido à alta “intelectualização” dos Dirigentes na condução dos trabalhos, fato que afastou muitos Espíritos que buscavam o acolhimento e esclarecimento tanto falado pela Doutrina.

Sim meus irmãos, a “soberba” é uma constante em nossas vidas, muitas vezes transferida inconscientemente pelo voluntariado dos Centros Espíritas por falta de orientação ou direcionamento doutrinário por parte de seus Dirigentes.

Nesta hora devemos nos remeter principalmente aos estudos e ensinamentos deixados pelo Livro dos Médiuns, que apresenta uma base de instrução para a condução espiritual, não somente dentro das Casas Espíritas, mas em nosso dia-a-dia.

Insisto: não se trata de uma crítica, mas de uma reflexão para os Dirigentes das Casas se pautarem para uma melhor instrução e condução dos trabalhos espirituais, ampliando o aprendizado e evolução de todos.

Deixo um grande abraço, e desejo muita paz e luz para todos!

Danilo Kostenko atua no meio espírita de Sorocaba e atualmente frequenta os estudos na Casa dos Essênios.

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Uma ideia sobre “A responsabilidade dos Dirigentes dentro das Casas Espíritas

  • 5 de abril de 2022 em 09:29
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    Otima Reflexão Danilo! É necessario mais preparo e constante reciclagem dos dirigentes de Casa e trabalhos nas Casas Espiritas. Mais Humildade com Jesus!!

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