Queridas irmãs e queridos irmãos, minhas saudações.

Como gosto de compartilhar um pouco das minhas experiências nestes anos de aprendizado da Doutrina, hoje trago à tona um tema que em minha opinião é de grande relevância: O papel dos Espíritas dentro e fora das Casas Espíritas.

Uma grande parte de nós chegou ao Espiritismo (ou a outra Religião), motivados pela dor.

Sei que é uma afirmação um pouco enfática, mas vamos refletir um pouco juntos:

Quando realmente lembramos de Deus e procuramos amparo na Religião?

Na maior parte das vezes quando estamos tristes, desamparados, desesperados ou em situações que nos levem a uma grande inquietude, como problemas com doenças, emocionais, físicos, financeiros, de relacionamento etc.

Então a Espiritualidade coloca em nosso caminho uma amiga ou um amigo que nos diz: “vá ao Centro Espírita tomar um passe que lhe fará bem!” Creio que muitos de nós já tenham chegado a uma Casa Espírita desta forma.

É claro que buscar o Passe Magnético ou Fluidoterapia (como atualmente chamamos), será uma porta de entrada para estas pessoas conhecerem o Espiritismo e buscar seu reequilíbrio espiritual (ou moral), mas existe um papel muito maior a ser cumprido por quem trabalha ou frequenta a Casa Espírita: saber acolher, amparar e orientar estas pessoas.

Obviamente, a coordenação e encaminhamento destas pessoas dependerá da orientação dos Dirigentes das Casas Espíritas, que é um tema a ser abordado em outra oportunidade.

Eu particularmente, por muitos anos me dediquei em estudar e me aperfeiçoar dentro dos ensinamentos da Codificação trazida por Kardec, mas quando eu praticava isto?

Será que realmente eu dedicava parte de meu “precioso tempo” em levar a Boa Nova que tanto estudava para meus semelhantes dentro do Centro que frequentava? Eu sabia como acolher e orientar as pessoas que precisavam de amparo ou esclarecimento? Eu praticava a Boa Nova em meu dia a dia?

Minhas amigas e meus amigos, a prática é uma tarefa árdua, pois temos que doar uma das coisas mais importantes para nós, chamada “tempo”, tempo este que dificilmente temos para dedicar ou colaborar dentro da Casa Espírita, mas normalmente temos de sobra para satisfazer nossos prazeres terrenos, que nos agradam, nos divertem ou nos atraem.

Entendam, por favor, que não é uma crítica, mas uma reflexão para saber o quanto podemos ajudar e amparar a alguém hoje, da mesma forma que alguém nos amparou no dia de ontem…

E não precisamos estar somente dentro do Centro Espírita para colocar em prática os ensinamentos doutrinários… é só refletirmos em como agimos dentro de nossas casas com nossas famílias, em nosso trabalho, no trânsito, ou com alguém que precisa de nosso amparo.

No livro “Os Mensageiros”, psicografado por nosso saudoso Chico Xavier, o Espírito de André Luiz nos relata uma bela história (já nos capítulos finais), demostrando que nossas casas aqui na Terra podem até se transformar em um pedacinho da Colônia Espiritual Nosso Lar, com a mesma intensidade de amor e vibração… Basta praticarmos o Evangelho dentro de nós.

Espero que esta reflexão lhes seja tão útil quanto foi para mim, pois a vida é efêmera, onde podemos aproveitar nosso “tão preciso tempo” em ajudar ao próximo como sempre somos ajudados, e nem sempre percebemos.

Pensem nisto!

Abraços, muita paz e luz!