Aprimoramento
Por Aloise Gaio
Acredito que a percepção da vida tenha dois lados: o motorista e o pedestre por exemplo, percebem as ruas de forma diferente, o cliente e o atendente, o comprador e o vendedor, e assim por diante. Nem sempre é possível compreender o outro lado, por falta de vivência, ou pelo esquecimento, pode ser difícil nos sensibilizarmos com algumas realidades.
Quando chegamos à Casa Espírita com nossas dúvidas, angústias e necessidades somos recebidos por pessoas que viveram situações que as levaram até à Casa, mas isto não significa que estiveram em nosso lugar, mas que estão dispostos a nos auxiliares pois foram auxiliados, e reconhecem o quanto é importante acolher. Significa que acima de tudo é preciso ter interesse pelo outro, mas principalmente por si mesmo.
Para compreendermos o outro precisamos romper barreiras em nós mesmos, entender que cada um tem seu tempo, não julgar, desenvolver a piedade, a fraternidade e tudo que ainda nos cabe.
Pois quando chegamos cheios de dúvidas fomos acolhidos, passamos por tratamento, fomos encaminhados ao estudo e conhecimento; mas há os que não compreendem esse movimento da conquista de autonomia espiritual, e ficam dependentes dos passes, da água fluidificada e das entrevistas. Há também os que não compreendem, mas seguem, pois sentem que precisam trilhar o caminho do autoconhecimento em busca da virtude.
“A virtude, no mais alto grau, é o conjunto de todas as qualidades essenciais que constituem o homem de bem. Ser bom, caritativo, laborioso, sóbrio, modesto, são qualidades do homem virtuoso”. ESE cap. XVII item 8
Dessa busca sincera, geralmente, nasce um voluntário na Casa Espírita, mas principalmente um cristão no mundo, que ouve, acolhe e ama onde quer que esteja.
Acredito que o primeiro passo é não perdermos de vista o que fizeram por nós, nos empenhando em fazer pelo próximo, não como paga, mas por gratidão e entendimento do objetivo da nossa caminhada.
Aprendemos, refletimos, entendemos e mudamos nossas atitudes e sintonia, mas aprendemos convivendo com as pessoas, olhando para dentro e fora de nós, aprimorando nosso olhar e sentimento de piedade e fraternidade.
Aloise Gaio é voluntária no Centro Espírita Batuíra.
A Autora assume inteira responsabilidade pelo conteúdo dos textos de sua autoria.
Sua opinião não necessariamente expressa a visão do CENTRO ESPÍRITA BATUÍRA.
Aloise, quando olhamos “para dentro” com verdade, aprendemos a olhar “para fora” com compaixão e piedade e muito mais amor pelo outro… parabéns pelo tema escolhido!
Sim, obrigada Eukaris pela colaboração!
Muito bom Aloise . Quando nos colocarmos no lugar do outro, sentiremos igualmente .
Parabéns!
Obrigada Ilma!
Aloise, gratidão pelas reflexões. Essa frase é fantástica: “Para compreendermos o outro precisamos romper barreiras em nós mesmos […]” . Geralmente o que nos incomoda nos outros está em nós e muitas vezes projetamos em outros o que queremos ou o que queríamos para nós, principalmente nos filhos. Jesus nos disse para amarmos ao próximo como nos amamos. Aceitar o próximo como ele é implica em nos aceitarmos como somos, sem máscaras ou disfarces. Romper as barreiras que nos travam para melhor compreendermos o próximo. Muito bom!!!
Isso mesmo Sérgio!
Muito bom, excelente reflexão que nos ajuda a ter um olhar mais fraterno, de aceitação ao outro como é. Gratidão 🙏🏽
Obrigada Priscila!