A cada dia vivemos mais acelerados. Os executivos dizem “Time is Money” (tempo é dinheiro) e no afã de conquistar bens materiais, muitos agem na loucura, trabalham excessivamente desejando possuir mais e mais. Outros se atiram em jogos e outras formas fáceis de angariar mais dinheiro, tudo porque desejam ter fortuna e assim garantir seu “pé-de-meia”.

Outros se consomem em frente aos diversos tipos de telas, as quais, sob o pretexto de nos manterem conectados ao mundo, prendem a nossa atenção por horas. As distrações são muitas.

O estilo de vida moderno é intenso, passam-se os dias e nem os vemos passar. A sensação é de que não temos tempo pra nada, e pior, às vezes acabamos negligenciando os cuidados com o nosso próprio corpo.

Não me refiro aqui ao cuidar que se traduz na busca incessante pelo corpo esteticamente perfeito, mas desejo suscitar a atenção para nosso corpo físico, que é o instrumento valioso que o Criador concedeu ao nosso espírito para promover a evolução.

Alguns, por não conhecerem a sua natureza, afirmam que ele é culpado por nossas fraquezas. Em verdade, ele é apenas um instrumento, refletindo e executando as ordens que procedem do verdadeiro comandante que é o espírito.

Este corpo, carinhosamente concebido pela providência divina, partindo de um embrião minúsculo, se transforma num complexo de sessenta trilhões de células quando adulto.

Tal instrumento é forte para vencer grandes lutas e desafios. Porém, ao mesmo tempo, se mostra frágil, podendo perecer e se decompor com grande rapidez.

Assim, devemos vitalizá-lo com bons pensamentos, elevados para que ele não se impregne de toxinas, que lhe minariam as energias ocasionando doenças físicas e mentais. Vamos lhe dar o repouso adequado, nutri-lo com ar puro, alimento sadio e exercícios físicos, afastando-nos dos vícios de qualquer natureza, mesmo aqueles que a sociedade considera aceitáveis.

Devemos usar nosso corpo de tal forma, que nunca tenhamos de nos arrepender, quando a doença nos atingir por nossa própria imprudência.

Um dia, quando deixarmos na Terra, haveremos de agradecer a Deus pela dádiva que ele foi, pelo tanto que nos permitiu progredir, fazer e realizar.

Amemos, pois, esse instrumento divino.