Até então nossa atenção tem estado direcionada a nossa saúde física. O corpo dói, o cansaço é constante, a digestão é difícil.

Procuramos um especialista e junto com a medicação recebemos orientações de mudança de estilo de vida.  Nesse momento, somos chamados a refletir sobre o que estamos fazendo que nos intoxica a ponto de desenvolvermos as moléstias.

Quando levamos nossa saúde a sério e conseguimos entender essa relação de atitudes e bem-estar, passamos a encarar nossa rotina de outra forma. Fazemos reeducação alimentar, caminhadas, até academia e meditação, e sem reclamar, pois já não é uma obrigação imposta pelo receituário médico, família ou padrões sociais, mas vem do entendimento, autoestima e amor-próprio.

A questão é compreendermos o que não nos cabe mais!

Assim como ingerimos alimentos para nosso sustento físico, ingerimos ideias, crenças e sentimentos, estímulos que sustentam a nossa saúde emocional e psíquica.

E nesse campo estamos extremamente deficitários.  Angustia, depressão, suicídios, são o resultado de dores íntimas, sustentadas pela psicosfera de um planeta sobrecarregado de sentimentos muito antigos.

Como encaramos as situações da vida? Há muito tempo Jesus nos falou do amor e da caridade, o Espiritismo ampliou-nos o entendimento, mas estamos colocando em prática? Os Espíritos têm nos alertado quanto a nossa conduta, pois o conhecimento já temos. O momento é de prática do Evangelho de Jesus,

O entendimento dessa prática, na verdade, pois a letra, é provável que já tenhamos dominado, mas e a compreensão dos nossos pensamentos e sentimentos que seguem juntos, intimamente ligados? Do que estamos alimentando nossos pensamentos?

Nos sobrecarregamos de notícias negativas, as manchetes policiais que detalham as mazelas humanas nos atraem a atenção a ponto de alterar nosso batimento cardíaco. Nosso olhar crítico e condenatório é replicado nas conversas, que não trazem tranquilidade, pois são regadas à dor alheia. Nosso campo mental está abastecido de violência e pessimismo, e mesmo assim queremos uma noite tranquila.

Todo esse campo mental adoecido se une a outros tantos de mesma sintonia, criando esse mar de vibrações pesadas, opacas e sufocantes.

Entender o que nos nutre emocionalmente é entender em que nível estamos vibrando e com quem estamos nos unindo por sintonia. E principalmente se queremos continuar vivendo assim.

Nosso mundo, qual o conhecemos, ainda está repleto de sentimentos e atitudes que não lhe cabem mais, e de tão sobrecarregado, como qualquer outro organismo vivo, adoeceu.

Aloise Gaio é voluntária no Centro Espírita Batuíra, onde atua no Departamento de Ensino.