por Aloise Gaio

Por todos os séculos nunca estivemos órfãos, sempre fomos orientados pelos enviados de Jesus, que recebeu de Deus a tarefa de guiar os Espíritos deste orbe à evolução. Ele e seus colaboradores e missionários agem nas grandes obras.  A nós cabe desenvolver e fortalecer a fé, e agir em nossa área pessoal de atuação, isto é, cumprir nosso planejamento, ampliando-o se possível.

A fé ao contrário do que muitos pensam, não é crer, acreditar, mas confiar.  Fé é confiança e requer intimidade, vínculo estabelecido no relacionamento com alguém.  Como confiar em quem não conhecemos?

Conquistamos a fé pelo convívio com Deus!  Estreitando laços através das orações, observando-nos intimamente e  pondo em prática o Evangelho de Jesus, para que mais atentos possamos percebê-lo.

“Jesus definiu claramente as qualidades da prece. Quando orardes, diz ele, não vos ponhais em evidência; antes, orai em secreto. Não afeteis orar muito, pois não é pela multiplicidade das palavras que sereis escutados, mas pela sinceridade delas. Antes de orardes, se tiverdes qualquer coisa contra alguém, perdoai-lhe, visto que a prece não pode ser agradável a Deus, se não parte de um coração purificado de todo sentimento contrário à caridade. Orai, enfim, com humildade, como o publicano, e não com orgulho, como o fariseu. Examinai os vossos defeitos, não as vossas qualidades e, se vos comparardes aos outros, procurai o que há em vós de mau. (ESE Cap. X, nos 7 e 8.)”

Nossa oração deve ser despojada de orgulho e vaidade, nos deixando mais conscientes de nós mesmos, fortalecendo uma relação de honestidade para conosco e para com Deus, não existe fé em Deus se não confiarmos em nós, em nossa capacidade de vencer a nós mesmos, nossos desejos e ambições. A confiança é mútua e se fortalece com o tempo e as experiências, e assim deve ser, pois confiança em Deus não representa imunidade, mas consolação e amparo para os momentos difíceis.

Fé em Deus e fé em nós para que possamos seguir confiantes de que as grandes decisões planetárias estão nas mãos de Deus, não devemos nos preocupar com elas, mas que,  a nós cabe, nossa área de atuação, nossos desafetos no grupo familiar, no trabalho e relacionamentos diários, certos de que tudo o que nos foi dado, temos condições de cumprir.

Sendo Deus imaterial, se revela de forma silenciosa e sutil, através de situações e pessoas a nossa volta.  Em cada grupo, família ou mesmo  instituições existe um enviado de Deus, mas não se  engane, Deus não envia Espíritos superiores encarnados ou desencarnados para nos orientar,  esses somos nós mesmos, quando abraçamos um irmão que chora, nossa avó que nos passa sua experiência de vida ou um estranho que nos sorri na rua, de forma tão terna que nos reergue a alma.

Nossa grande conquista nesta estrada evolutiva é fortalecer e consolidar nossa fé em Deus, e compreender que também somos todos enviados de Deus na construção de sua obra, ora acolhendo, ora sendo acolhidos.

Aloise Gaio é voluntária na Associação Beneficente Cultural Espírita Batuíra em Sorocaba.

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