Esse quadro já faz parte da cultura carioca, a afirmação é simples e delicada, chega a ser um convite ao bem viver.

Ela simplifica uma mensagem ouvida há muito tempo, quando Jesus assim como nós, caminhou sobre este solo.

Jesus verbalizou a paz de diversas formas, disse que nos reconciliássemos com nossos adversários enquanto estivéssemos por aqui, que perdoássemos os inimigos, que amassemos ao próximo como a nós mesmos.  Para melhor ensinar, não pregou apenas, Ele viveu, exemplificou.

A gentileza por ser simples, deveria ser mais fácil, mas para sermos gentis precisamos estar presentes, é preciso estar atento ao caminho e ao que ele nos oferece de real e concreto, precisamos ver as pessoas a nossa volta, atentos principalmente a nós mesmos.

Para sermos gentis com o outro, temos que ser gentis conosco primeiramente, pois só conseguimos exteriorizar o que temos, o que conquistamos dentro de nós.

O autoconhecimento é um movimento íntimo, que geralmente começa com uma sacudida da vida, o cansaço de um relacionamento difícil, insatisfações pessoais, ou a visita inesperada da dor, são alguns exemplos. 

Aqueles que nessa encarnação praticam a gentileza de forma natural, já despertaram para si mesmos, os que vacilam ainda estão aprendendo, os que não conseguem é porque ainda não aprenderam, não foram sacudidos o suficiente.

Mas está tudo certo, pois Deus nos juntou para aprendermos a dividir a gentileza conquistada, as vezes com o silêncio e abrindo caminho, deixando passar, outras vezes amparando, sorrindo, nos fazendo presentes, inundando nossos dias e os ambientes que frequentamos na energia do bem viver.