MATERNIDADE: MISSÃO DE AMOR ETERNO?

Por Márcio Conegero

O amor é inevitável! Ele não vem, já está onde deve estar!

Todos nós estamos destinados ao amor. E não há como alguém mensurar a magnitude do seu poder de transformação no ser. Só se sabe que, quando o amor é percebido, tudo muda! E nada mais será como antes.    

E quanto a maternidade, sabemos que ela é inerente a mulher, é uma dádiva divina especialmente dirigida a elas!

Chico Xavier nos diz que o amor maternal é algo que nunca se pode definir, que a altura, o grau desse sentimento não têm como ser medido.

E do ponto de vista da Doutrina espírita, ser mãe significa um compromisso muito importante perante as leis de Deus, porque quando um filho é gerado, está se oferecendo uma oportunidade para que esse espírito possa evoluir por meio da reencarnação, cabendo aos pais o auxílio necessário para que os novos aprendizados de sua jornada terrena sejam absorvidos.

Não temos como negar o profundo sentimento de amor da mãe por um filho. Um amor tão grande que podemos comparar como o maior exemplo, na Terra, do amor de Jesus pela humanidade.

Esse ser de luz que reencarnou nesse planeta e deu a própria vida corporal para nos ensinar a AMAR e SERVIR. Uma mãe também é capaz de dar a própria vida para ter a do filho de volta.

Amor incondicional.

Amor sem troca.

Amor mais expandido que a gente conhece.

Amor que se sacrifica, que se esquece de si.

O amor materno tem a capacidade de ultrapassar barreiras devido ao elo poderoso que liga uma mãe a seus filhos, que vão além dos laços físicos.

Ser mãe fornece os meios de se exercitar o amor incondicional, doando o melhor de si para o crescimento espiritual de um ser que encarnou no papel de filho, seja ele um espírito amigo de outras experiências terrenas ou que carece de reparações. Essa união oferece a oportunidade de renovar sua história.

Mas não é uma tarefa fácil ser mãe. Como também não é fácil ser pai e nem é fácil ser filho. Mas estamos neste planeta exatamente para isso, para sermos moldados pelas nossas dificuldades.

E por elas vamos aprender a sermos mais disciplinados, mais fortes, a controlar nossos pensamentos, e principalmente aprenderemos a amar.

Muitas mães e pais se cobram pelos erros que cometeram na criação de seus filhos. Mas é só através da experiência que conseguiremos ter essa percepção do erro pois, com certeza, quando esses erros foram cometidos, pareciam o melhor caminho a ser tomado. A maior parte das mães e dos pais se doou naquilo que tinham de melhor para seus filhos, fizeram o que estava ao seu alcance.

A vivência neste planeta de provas e expiações é um plano educacional, onde a lei divina concede ao Espírito a chance do renascimento junto a outros espíritos capazes de ajudá-lo a concretizar seu aprimoramento. Assim ele recebe uma estrutura física apropriada às lições que necessita aprender e um grupo familiar que faz parte de um meio material e social com atributos que o ajudarão a praticar suas capacidades e os sentimentos que precisa evoluir.

Assim como Deus é um Pai que educa e supre nossas reais necessidades, é imprescindível que as mães e os pais abracem com amor e determinação a tarefa de educar.

Então ser mãe vai muito além, sendo muito mais do que gerar uma criança ou abraçá-la em adoção. É doar todo seu amor, sem deixar de corrigir quando necessário e de sempre mostrar o caminho a ser seguido.

Ser mãe é, mesmo diante das adversidades, manter a garra e a coragem para auxiliar seu filho na busca da felicidade, é estar pronta a segurar na mão do ser amado que lhe foi confiado quando dificuldades se fizerem presentes, orientando sobre o bem e o mal, mas nunca intervindo em sua individualidade, seu livre arbítrio.

Ser mãe é ter a oportunidade de acolher como filhos, espíritos com os quais mantém laços de afinidade ou de resgates, tendo nova chance para se redimir e aprender junto com ele.

Ser mãe é transmitir, através de seu exemplo, uma nobre herança às gerações futuras, instruindo os filhos no caminho do bem. É ter como missão educar aqueles que Deus lhe confiou, de maneira a se concretizar nele os propósitos divinos.

E não se é mãe somente pelo filho gerado em seu próprio ventre, podendo toda mulher, de alguma forma, ser mãe de alguém por quem desenvolve afeto, demonstrando um amor farto, intenso e desinteressado, sem exigências e sendo capaz de renunciar a muitas coisas para ver os amados felizes.

E toda mulher que escolher ser mãe, encontra no filho que necessita do seu amor e da sua segurança, o melhor presente que Deus poderia lhe dar.

“Ensinarás a voar… Mas não voarão o teu voo. Ensinarás a sonhar… Mas não sonharão o teu sonho. Ensinarás a viver… Mas não viverão a tua vida. Ensinarás a cantar… Mas não cantarão a tua canção. Ensinarás a pensar… Mas não pensarão como tu. Porém, saberás que cada vez que voem, sonhem, vivam, cantem e pensem… estará a semente do caminho ensinado e aprendido!”  – Madre Tereza de Calcutá

Márcio Conegero é voluntário no Grupo Espírita da Prece Chico Xavier.

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2 ideias sobre “MATERNIDADE: MISSÃO DE AMOR ETERNO?

  • 8 de maio de 2022 em 15:01
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    Parabéns, Marcio.O seu texto diz muito e, oportuno para hj, é uma linda reflexão sobre a maternidade, um presente para filhos, pais e mães.
    Gratidão.

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    • 29 de junho de 2022 em 12:07
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      Obrigado Carlos, pelas palavras de carinho.

      Resposta

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