Não julgueis
Por Nelia Naldi de Oliveira
“Não julgueis, e não sereis julgados” Lucas 6:37
Ao procurarmos no dicionário o significado da palavra JULGAR, encontramos:
– tomar decisão, deliberar na qualidade de juiz ou árbitro
– formar conceito, emitir parecer, opinião sobre (alguém ou algo)
Sinônimos: avaliar, apreciar, ajuizar, reputar, qualificar, classificar, analisar, conceituar, aquilatar, calcular
Ao analisarmos o segundo item e os sinônimos, percebemos que Jesus não se referia a esta vertente da palavra JULGAR.
Porque é necessário, em nossas vidas, que formemos conceitos, avaliemos, qualifiquemos, analisemos, calculemos, até mesmo emitamos opiniões sobre algo ou alguém.
Precisamos fazer essas apreciações a fim de conhecermos o mundo, as pessoas, as situações, mas principalmente a fim de conhecermos a nós mesmos.
Por que será então que na realidade tomamos a palavra JULGAR única e exclusivamente no primeiro de seus sentidos, ‘deliberar na qualidade de juiz ou árbitro?’
Somos, todos nós, juízes das vidas alheias? E pior: não só julgamos como compulsoriamente condenamos as pessoas à nossa volta, como se nos tivesse sido dada a função de juízes. Por quem? Por quê?
Na verdade, só quem poderia julgar não julga nem condena:
“E endireitando-se Jesus e não vendo ninguém mais além da mulher, perguntou-lhe: ‘Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou?’ e Ela respondeu: ‘Ninguém, Senhor’. E disse-lhe Jesus: ‘Nem eu tampouco te condenarei; vai e não peques mais” João 8:10-11
E por que continuamos a fazê-lo? Porque a nossa Consciência, que é quem nos acusa, nos mostra que temos (ou tivemos) as mesmas atitudes para as quais apontamos.
Mas continua sendo mais fácil olhar para os erros do outro do que para dentro de nós mesmos.
A pessoa que está em busca de se conhecer não tem tempo nem vontade de julgar os outros. Porque ela mergulha tão fundo no seu interior que sabe que já passou pelos mesmos caminhos, então compreende o outro.
E ao invés de julgar, procura usar de misericórdia com seus irmãos, no aprendizado Divino do AMOR.
Nelia Naldi de Oliveira é voluntária no SECE Gabriel Delane.
Ótima reflexão!! O autoconhecimento continua sendo o melhor caminho…obrigada!!
Sim necessário estarmos sempre nos
Lembrando das nossas imperfeições Morais para que não esqueçamos de transformá-las ! Obrigado pela leitura !
Nelia certa vez li uma frese que diz que somos rápidos em julgar e condenar, mas lentos em avaliar determinada atitude ou uma situação. E isso é uma grande verdade. Criamos nossa cartilha do bem e do correto e tudo que foge a isso para nós é errado e nos conduz às críticas e aos julgamentos. Como você disse quem poderia julgar não julga nem condena. Que de fato possamos olhar para dentro de nós mesmos e aceitarmos nossos irmãos como são. Tudo que fere às leis de Deus terá seu retorno, não compete a nós definirmos isso. Ao evitar os julgamentos estamos dando um passo, importante, a caminho da salvação. Muito obrigado pelas reflexões Nelia.