O carnaval tornou-se uma tragédia do cotidiano
Eu psicografei um livro, faz 25 anos aproximadamente, que se intitula Nas Fronteiras da Loucura e que estuda profundamente o Carnaval no Rio de Janeiro por volta do ano de 1968, quando as entidades venerandas lideradas por Dr. Adolfo Bezerra de Menezes realizam um socorro às vitimas do Carnaval; às vítimas espirituais; às entidades sanguissedentas, apaixonadas, perturbadas que se utilizam das criaturas para exaurí-las, para que elas desfrutem ao máximo até a exaustão, quando se contaminam, não somente hoje, da perigosa AIDS, mas como em todo tempo da sífilis das enfermidades infecto-contagiosas transmitidas sexualmente.
O desfile das escolas de samba são um espetáculo monumental de arte, de beleza, de magia, de cultura e, principalmente, da história em que grandes artistas populares revelam-se em trabalhos de artesanato dignos de um Michelangelo, das músicas de grandes compositores populares.
Mas isso é o espetáculo… a promiscuidade é que é perturbadora. A intenção de criminar, destruir, de poluir as pessoas. O número de assaltos, de violências, de estupros, de agressividades naquela multidão que segue os cordões dos trios elétricos. (…) e o indivíduo compromete-se, ao invés de ser uma festa que renove as energias que prepara o indivíduo para poder enfrentar mais os anos da sua atividade aqueles que buscam a ardência do Carnaval.
O Carnaval tornou-se uma manifestação “thanatos” (o Deus da Morte, na mitologia Grega), uma manifestação de morte por que logo que ele passa fica aquela ilusão carnavalesca em que as pessoas transformam os outros dias num permanente Carnaval, como se a vida fosse constituída apenas de prazer.
E quando vem os efeitos danosos: a gravidez não desejada por descuido do anticonceptivo, ou por descuido da camisinha; quando vem as doenças degenerativas; quando vem o abandono, porque aquela ilusão passa. Quando vem o despertar da consciência: o arrependimento; o transtorno emocional; as obsessões dos espíritos que se utilizaram daqueles dias de insensatez para poder perturbar o equilíbrio psicofísico das vítimas.
Então, carne nada vale, sim; mas o Espírito é o comandante!
É necessário que valorizemos a carne, que é o Receptáculo Divino onde realizamos a nossa reencarnação para o processo da nossa evolução, então, nos próximos dias do carnaval, que fazer? Para os espíritas temos algumas soluções que podemos oferecer: utilize-se dos dias do Carnaval para uma boa leitura, para visitas aos doentes, para a convivência com a família, para a reestruturação de planos e projetos, para estudos, para a paz, para a meditação.
Se tem uma convicção religiosa, siga! Vá fazer o seu retiro católico; vá fazer o seu estudo bíblico; vá fazer o seu encontro espírita.
Naturalmente que nós poderíamos utilizar nos do carnaval para festas; podemos ir a bailes. É lógico! Não é o carnaval em si; (o problema) é o comportamento do indivíduo no carnaval… porque muitas vezes o indivíduo pode estar atormentado pelos conflitos do sexo, pelos tormentos do seu próprio comportamento.
Podemos ir para as galerias para ver as escolas de samba desfilar; temos nós aquele que nos agrada, a escola que nos toca, (…) isso faz parte da vida, isso nos ajuda a vibrar. É a nossa conduta mental e moral, a maneira como nos utilizamos dos dias de prazer e licenças para nos entregarmos a hediondez e depois recuperarmos a máscara da hipocrisia puritana. Isso sim, que é condenável.
Excelente material