POR QUE NÃO JULGAR
Por Fátima Kopke
“PORQUE COM O JUÍZO COM QUE JULGARDES SEREIS JULGADOS, E COM A MEDIDA COM QUE TIVERDES MEDIDO VOS HÃO DE MEDIR A VÓS”. Mateus 7:2
A AUTORIDADE MORAL DO CRISTO, POR SI SÓ, MOSTRA-SE SUFICIENTE PARA ESTIMULAR O CUMPRIMENTO DESSA PREMISSA.
ESSE ENSINAMENTO DE JESUS, UM DOS MAIS CONHECIDOS AO LONGO DE MAIS DE DOIS MILÊNIOS, TEMOS OUVIDO, ENUNCIADO , MAS QUASE SEMPRE DESCUMPRIDO.
JESUS TRATA NESSE ENSINAMENTO SOBRE O JULGAMENTO MORAL QUE FAZEMOS UNS SOBRE OS OUTROS. NÃO SE TRATA DE UM PROCESSO DE BARGANHA COM DEUS. JESUS, FAZ REMISSÃO AO PRINCIPAL MECANISMO DE APLICAÇÃO DA LEI DE JUSTIÇA, QUE É O TRIBUNAL DA CONSCIÊNCIA.
ÀS VEZES NOS CONCENTRAMOS NAS FALTAS DOS OUTROS, QUANDO DEVERÍAMOS ESTAR NOS ESFORÇANDO PARA MELHORAR A NÓS PRÓPRIOS.
ALERTAMOS QUANTO A TUDO AQUILO QUE JULGAMOS NO OUTRO, DE CERTA FORMA, TAMBÉM ESTÁ EM NÓS, INCONSCIENTE OU TALVEZ EM MAIOR QUANTIDADE.
TUDO QUE EMANAMOS NO UNIVERSO RETORNA GERALMENTE. NA MESMA MEDIDA. SÃO LEIS DE AÇÃO E REAÇÃO /CAUSA E EFEITO . LEIS NATURAIS QUE ESTABELECEM UM PROCESSO EDUCATIVO NA QUAL ESTAMOS INSERIDOS. LEI DA RECIPROCIDADE QUE REGE AS NOSSAS VIDAS, CONSEQUÊNCIA QUE DECORREM DOS NOSSOS ATOS IRREFLETIDOS.
ACONTECE QUE JULGAR É ALGO TÃO COMUM NO NOSSO RELACIONAMENTO COM OS OUTROS. SENTIMOS NO DIREITO DE JULGAR, COMO SE SOUBESSEMOS O QUE É CERTO OU ERRADO.
QUANDO SOMOS JULGADOS NOS SENTIMOS INJUSTIÇADOS,FICAMOS MAGOADOS. NOSSO ERRO FICA EXPOSTO, DÓI, PORQUE FALHAMOS E O ORGULHO A VAIDADE FALA ALTO. POR OUTRO LADO, QUANDO JULGAMOS ALGUÉM , MUITAS VEZES FICAMOS AMARGURADOS E PIOR AINDA, QUANDO NÃO TEMOS CHANCES DE REVERTER ESSA SITUAÇÃO.
“JULGAR OS OUTROS É CRIAR BARREIRAS NA CONVIVÊNCIA EM FUNÇÃO DO QUE IMAGINAMOS E SENTIMOS SOBRE O OUTRO, COM BASE EM NOSSAS PRÓPRIAS LIMITAÇOES , SUPOSIÇOES E PRECONCEITOS.” “TUDO AQUILO QUE VOCÊ CENSURA, JULGA, CRITICA E RECRIMINA NO OUTRO COM MUITA PERSISTÊNCIA, PROVAVELMENTE VOCÊ VAI FAZER IGUAL OU PARECIDO EM ALGUM MOMENTO DE SUA VIDA.” Ermance Dufaux.
SENTIMOS NECESSIDADE COMPULSIVA DE JULGAR , DE FUGIR DE NÓS MESMO E PROJETAR NO OUTRO AS SOMBRAS QUE IGNORARAMOS EM NÓS.
“PORQUE REPARAS TU NO ARGUEIRO DO TEU IRMÃO E NÃO NA TRAVE DO TEU PRÓPRIO OLHO.”
JESUS SE REFERE AO CUIDADO QUE PRECISAMOS TER COMO IMPULSO DE JULGAR, DE FUGIR DE NÓS MESMO E PROJETAR NO OUTRO AS SOMBRAS QUE IGNORARAMOS EM NÓS , POIS PODEMOS SER JULGADOS TAMBÉM. EM ALGUMAS SITUAÇÕES TEMOS A CERTEZA DE QUE NENHUMA FALHA RESIDE EM NOSSAS ALMAS. SOMOS DONOS DA VERDADE. AQUILO QUE PRA MIM É REPROVÁVEL, PRO OUTRO PODE NÃO SER. E VICE VERSA. POR MAIS BEM INTENCIONADOS QUE SEJAMOS EXISTE A POSSIBILIDADE DE ALGUÉM NÃO CONSIDERAR NOSSA AÇÃO DA MESMA FORMA.
JULGAMOS, ACUSAMOS AQUELE QUE NÃO SE COMPORTA CONFORME OS NOSSOS CRITÉRIOS. OLHAR PARA A CONDUTA DO OUTRO COM OS RECURSOS DA MINHA EXPERÊNCIA DE VIDA DA MINHA HISTÓRIA DE VIDA.
TUDO AQUILO QUE CENSURAMOS, JULGAMOS, CRITICAMOS E RECRIMINAMOS NO OUTRO COM MUITA PERSISTÊNCIA, PROVAVELMENTE FAREMOS IGUAL OU PARECIDO EM ALGUM MOMENTO DE VIDA.
QUANTAS VEZES NOS IMPEDIMOS DE DAR UM PASSO NOVO PORQUE TEMOS MEDO DO JULGAMENTO ALHEIO OU ATÉ DO NOSSO PRÓPRIO JULGAMENTO .
MELHOR DO QUE MEDIR OU APONTAR O COMPORTAMENTO DE ALGUÉM SERIA TOMARMOS A DECISÃO DE VISUALIZAR BEM FUNDO NOSSA INTIMIDADE, NOS PERGUNTARMOS ONDE ESTÁ TUDO ISSO EM NÓS? SERIA UMA ÓTIMA OPORTUNIDADE DE NOS TRANSFORMAR INTIMAMENTE, POIS ESTAREMOS ANALISANDO AS CARACTERÍSTICAS GERAIS DE NOSS0S CONCEITOS E ATITUDES. HAMMED
SEGUNDO PAULO DE TARSO, “É INDESCULPÁVEL O HOMEM, QUEM QUER QUE SEJA, QUE SE ARVORA EM SER JUIZ. PORQUE JULGANDO OS OUTROS,CONDENAMOS A NÓS MESMOS, POIS PRATICAREMOS AS MESMAS COISAS QUE ATRAÍMOS COM O NOSSO JULGAMENTO”.
PERGUNTO ENTÃO COMO FICA O NOSSO SENSO CRÍTICO? DEVEMOS SIM VER O ERRO DO OUTRO, MAS PRIMEIRO, VER QUAL É O GRAU PERCENTUAL DE AÇÕES IGUAIS. O QUE LEVOU A PESSOA A AGIR DESSA FORMA. COMO AGIRÍAMOS NESSA SITUAÇÃO?
O JULGAMENTO É UM USO IMPORTANTE DE NOSSO ARBÍTRIO, MAS, EXIGE CUIDADO, ESPECIALMENTE QUANDO JULGAMOS O OUTRO.
AO APONTAR A FALHA DO OUTRO, DE FORMA JUSTA, COM RESPEITO, COMPAIXÃO ,PODEMOS DAR A ELES A ORIENTAÇÃO DE QUE NECESSITAM. PROCURAR JULGAR A SITUAÇÃO , NÃO A PESSOA. TER CONHECIMENTO ADEQUADO DOS FATOS.
O DISCERNIMENTO FAZ BEM, O JULGAMENTO É PESO ENERGÉTICO. O DISCERNIMENTO APROXIMA E PROTEJE. O JULGAMENTO AFASTA,CRIA BARREIRAS E VINCULAÇOES INDESEJAVEIS. É UMA DOENÇA EMOCIONAL. DISCERNIMENTO É O RACIOCINIO CONDUZINDO O SENTIMENTO PARA CRIAR O BEM E O AMOR. SEREMOS MEDIDOS E VALORIZADOS DA MESMA FORMA QUE MEDIMOS. Ermance Dufaux.
QUE POSSAMOS ABRIR BEM O NOSSO CORAÇÃO PARA SERMOS MAIS MALEÁVEIS, FRATERNOS, SOLIDÁRIOS, CONOSCO E PARA COM O NOSSO PRÓXIMO . COMO DISSE MADRE TEREZA DE CALCUTÁ, “AQUELE QUE JULGA AS PESSOAS NÃO TEM TEMPO PARA AMÁ-LAS”. E NÃO HÁ QUEM PRESCINDA DO AMOR PARA VIVER. ABRAÇOS FRATERNOS.
Fátima Kopke é voluntária na A. B. C. Espírita Batuíra.
Fátima bela reflexão. O julgamento é a pior atitude que podemos ter com relação a nós mesmos e ao próximo. Chico nos recomendava muito evitar os julgamentos, reforçando o que Jesus nos ensina a respeito disso. Fato é que ao julgarmos o próximo estamos enxergando algo que ainda está em nós e não adimitimos. Quando julgamos a nós mesmos descambamos para os caminhos da culpa, que é necessário pois a partir daí iniciamos o nosso processo de renovação. Mas a culpa pode nos conduzir para outros caminhos, como angústias e depressão, exifgindo de nós esforços maiores. No final tudo concorre para o bem, o modo como reagimos e entendemos oq ue nos afeta determina o efeito que tem em nos. Grtidão pelas lindas palavras Fátima.
Olá Fátima. Gratidão por suas palavras. O julgamento infeliz é uma atitude que barra nossa evolução. Quando julgamos ou avaliamos no intuito de aprendermos com o que ocorreu criamos uma excelente ferramenta de evolução, mas a linha que separa o ato feliz do infeliz é muito tênue e nossa atual estágio evolutivo nos conduz mais e mais para o ato infeliz. Por isso Chico nos recomendou evitar julgar. Que possamos ao vir um pensmaento de julgamento em nós avaliar o motivo pelo qual fomso induzidos a agir assim. Não rara vezes veremos que julgamos, pois o que julgamos ainda se faz presente em nós.