QUANDO É PRECISO CALAR
Por Ana Lúcia Maluffe
“Há só um Legislador e um Juiz que pode salvar e destruir. Tu, porém, quem és, que julgas a outrem?” — (TIAGO, capítulo 4, versículo 12.)
Uma das maiores fraquezas do ser humano é falar sem propriedade e inconsequentemente. Na atualidade, com a rapidez que as notícias nos chegam, a emissão de julgamentos rápidos e irrefletidos podem gerar desastres maiores que os erros analisados e julgados.
O julgamento não fica apenas no pensamento. Derrama-se pelos lábios e chegam a ouvidos incautos que tomam o que ouvem por verdade. Muitas famílias já foram destruídas pelo monstro da fofoca, sempre baseadas em julgamentos sem conhecimentos.
Não falo aqui daqueles que, por força de suas atividades necessitam analisar e julgar fatos ou pessoas. Pois estes, cientes de suas responsabilidades, estudam a situação e as pessoas, o contexto em que ocorreu o erro e buscam soluções, sem alardes.
Jesus é nosso exemplo de perfeição. Não desperdiçava palavras. Tinha plena consciência do poder da fala e nos ensinou sua importância. Mas nós, espíritos ainda muito compromissados, nos entregamos a precipitação, impulsividade e desvios da fala. Julgamos sem conhecer. Condenamos sem dar ao outro a chance de se defender. A tolerância e a indulgência passam longe de nossas ações.
Mas este texto não tem a intenção de ofender ou desanimar ninguém. Pelo contrário, apresenta ferramentas que nos auxiliarão a mudar nossos padrões de comportamento. Antes de discutir qualquer questão que não nos diga diretamente respeito convém se interrogar intimamente : “ Conheço os fatos? Compreendo o que se passou nos bastidores do drama? Estou em condições de julgar? Se estivesse no lugar do ser julgado saberia fazer melhor?”
Com esses questionamentos percebemos que a maioria de nós iria preferir o silêncio depois dessa análise. Não faço apologia ao erro, mas lembro-me da frase: “ O mal não merece comentários”. Meus irmãos, Jesus nos deu seu mais sublime mandamento: “Amai-vos uns aos outros como eu vos tenho amado”. Quem ama, não deixa de ver o erro, mas busca auxiliar quem errou, ciente de que, se fossem outras as circunstâncias, poderíamos ser nós a necessitar de auxílio e compreensão.
Que neste dia, possamos refletir sobre a importância desse amor e sua relação com nossos julgamentos. Que nossos corações elevem uma prece de amor e gratidão ao Mestre, por não nos julgar, pois sempre estará de braços abertos para nos receber quando resolvermos viver seu Evangelho. Muita luz e muita paz a todos.
Referência :XAVIER, Francisco Candido. Ditado pelo espírito Emmanuel. Caminho Verdade e Vida. FEB.
Ana Lúcia Maluffe é voluntária no Grupo Espírita da Prece Chico Xavier em Sorocaba.
Excelente reflexão! Quantas vezes não nos arrependemos por termos falado demais. Gratidão!
Obrigada, minha querida. Também estou aprendendo a calar.❤️
Bem colocado…. Boa reflexão. Devemos fazer essa análise tofos os dias. Obrigada!
Obrigada querida suas palavras chegaram no momento que eu preciso, exatamente o que eu acredito e luto para propagar.
Fico feliz, minha querida. Precisamos muito de indulgência e tolerância uns com os outros. Que nossas palavras sejam fonte de luz. Gratidão 💖😘
Parabéns Ana Lúcia!! Excelente reflexão!! Eu preciso muito aprender a filtrar minhas palavras antes de proferi-las. Gratidão!!
Obrigada, minha querida. Eu também tenho buscado esse aprendizado. Recomendo o livro O poder da fala, de Miramez. Fique com Deus 🙏😘
Querida Analu, tenho usado cada vez mais essa prática, de calar quando nada de bom posso falar, naquele momento. Como dizia Emmanuel para Chico. Os resultados tem sido incríveis. Estou mais em paz, em harmonia e, em contrapartida, criticando e julgando menos. Como temos ainda muito a aprender e a praticar. Jesus nos deixou todos esses ensinamentos há mais de 20 séculos. Agora que estamos começando a compreendê-los e colocá-los em prática.
Gratidão Analu.