” A paciência é o consentimento da razão; a resignação é o consentimento do coração” (ESE – Cap. IX – item 8.)
Candidatos ao progresso espiritual somos todos nós que, na Terra, nos encontramos vivenciando experiências múltiplas, onde erros e acertos fazem parte da composição nos resultados alcançados.
A resignação é uma virtude tão bem considerada como oportunidade de vivência e internalização que surge com os erros que cometemos, porque ela nos fortalece para o recomeço. A resignação que nasce da compreensão é proativa; ela nos impulsiona para a retomada, na repetição da experiência que se faz necessária à aquisição de um determinado valor moral que ainda não possuímos.
A resignação não é sinônimo de estagnação paralisante. Ao contrário, é uma das mais bela face do processo de aceitação no nosso atual estágio de aprendizagem que passa pela compreensão. Ela nos recoloca, amanhã, no ponto de recomeço de uma nova experiência com a mesma finalidade daquela em que fracassamos ontem.
A convicção de que somos todos imperfeitos, mas com oportunidades de evoluirmos gradativamente rumo a perfeição relativa que podemos alcançar através das reencarnações sucessivas onde nos encontramos. A imperfeição justifica a presença da dor que, de alguma maneira, atinge a todos nós. Esta convicção abre espaço para a valorização da resignação como virtude a ser conquistada quando dos nossos erros e desacertos. Do contrário, nos perdemos no universo do sofrimento desnecessário que a revolta, a inconformação e o desespero nos colocam.
Quando os resultados infelizes forem alcançados numa experiência, apesar do nosso esforço pessoal, é importante que a aceitação seja resignada para que possamos alcançar os resultados positivos nas repetições que se façam necessárias até alcançarmos os objetivos benéficos que almejamos.
Quando nos detemos nos limites que um erro pode nos colocar, aceitamos o aprendizado restrito quando, na verdade, a resignação que nos auxilia a analisar as causas dos nossos erros é a força que nos impulsiona a romper as barreiras das nossas limitações e prosseguirmos na busca de novas conquistas.
Ampliar a visão da nossa pequenez ante a grandeza do universo, reconhecer a Misericórdia Divina que nos concede novas oportunidades para reajustamento perante as leis que regem o equilíbrio e a manutenção da vida, buscar novos caminhos, valorizar as oportunidades de repetir experiências ou vivenciar outras tantas, nos auxilia a considerar a resignação como estado de consciência que nos permite enxergar os fracassos de hoje como aparentes, pois, a resignação nascida da compreensão nos induz a êxitos maiores no amanhã.
Fonte: Evangelho Segundo o Espiritismo – Cap IX
Carlos Magalhães é voluntário no Centro Espírita Irmão Malaquias em Sorocaba, SP..
Excelente reflexão Carlos! Deixou bem claro que resignação não é omissão, como muitos pensam. É proativa, nos impulsiona ao trabalho constante de nós mesmos, com comedimento e sabedoria. Parabéns!!
Lindo texto meu amigo, compreensão da realidade em que vivemos abrindo a visão para entendetmos a resignação como fonte de energia para nosso crescimento eterno.
Deus te abençoe!
Abs
Carlos, você trouxe alívio ao meu coração com suas belas reflexões. Deus o abençoe 🙏