Buscando a sua forma de evolução , o espirito encarnado na essência do esquecimento fisiológico da sua natureza espiritual, frequentemente sente-se desconectado do ambiente, da sua história de vida, como que se essa vida não tivesse “encaixado ” em um roteiro que gostaria ou esperaria, antes de tudo.

Raros são os companheiros de jornada na Terra que fluem a sua vida e sua história, com um equilíbrio razoável em suas intimidades. Os questionamentos nos assaltam o íntimo, deflagrando os eternos conflitos humanos causados em sua essência pelo binômio Matéria x Espirito Socorremo-nos, habitualmente, isso quando já conseguimos encontrar o “fio da meada” da nossa natureza espiritual, em toda uma revelação que progressivamente, por milênios, nos tem mostrado o Homem Espiritual que somos.

Paralelamente a estas revelações, o sedutor desenvolvimento intelecto-material do ” Homo-Techinologicus ” criando uma prioridade absoluta, leva-nos a um descompasso entre a razão matéria e razão espirito .

Processos evolutivos lentos em nossa experiencia moral criam essa defasagem na vida, deixando verdadeiros abismos, lacunas expostas em nosso aparelho mental, que não consegue a sua completa resolução, criando grandes espaços que serão preenchidos por matéria mental superficial na sua qualidade mas intensa em seu volume, que comprimindo o nosso ambiente psíquico, nos intoxicam e nos afligem.Apresentando-se como insaciáveis, tornam-se vícios que geram abismos de sombras nos sentimentos.

O Espirito humano, longevo como espirito mas infantil como vivente no processo evolutivo, perde a sua lucidez de espírito, para viver as paixões as quais se entrega, as mesmas que lhes devoram há séculos, qual força poderosa que os entorpece os sentidos, agora exacerbada pela robotização , globalização, objetivando a conquista de patamares de poder, de glória e principalmente de prazer que conspiram dolorosamente contra a sua natureza espiritual. Satisfaz-se no sentimento de barganha com o criador, cumprindo a sua obrigação porem longe do objetivo de realizar a sua transformação.

E a vida não encaixa….

A dialética do senhor e do escravo de Hegel se faz presente, se observamos no “adicto tecnológico” as posições de Senhor e Escravo, sujeito e objeto, que são trocadas a todo momento, como em uma luta incessante. Assim também dominamos e somos dominados pelo fenômeno moderno da digitalização, sem cuidados, alimentando-nos de construções psíquicas viciantes roubando-nos o precioso tempo que deveríamos direcionar para a nossa evolução.

Mas existe um projeto de evolução do Espirito …. Que pensar sobre esse tema, se verificamos a habilidade claramente superior dos infantes na terra atual ? Como avaliar esse visível descontrole psíquico atual com a possibilidade divina de evolução?

Poderíamos compreender como a transformação futura em que os “Bem Aventurados” , os mansos que herdarão a terra são também bem aventurados em compreensão dos objetivos reais do desenvolvimento “digital” como forma de evolução do espirito ?. “ Entrem pela porta estreita, pois larga é a porta e amplo o caminho que leva à perdição, e são muitos os que entram por ela.Como é estreita a porta, e apertado o caminho que leva à vida! São poucos os que a encontram”.

A porta estreita tem que conter por analogia o desenvolvimento tecnológico, pois a Lei do Progresso e uma Lei Natural. Portanto a chave do enigma justamente esta na capacidade de compreender a natureza divina do desenvolvimento intelectual trazendo-o à luz do desenvolvimento Moral , completando e dando sentido à unidade Matéria -Espirito .

E aí a vida encaixa ….