Voluntariado na Casa Espírita

Por Carlos Alvim

Muitos se aproximam e perguntam, como faço para ajudar o Centro Espírita? Existem algumas formas de ajudar, como por exemplo uma doação de alimentos que serão destinadas às famílias carentes, doação de dinheiro que serão destinados aos projetos em que o Centro espírita está engajado e doação de tempo! Como doação de tempo? Perguntam…

“Doando um pouco do seu tempo livre com trabalho voluntário!”

O serviço voluntário no Brasil foi regulamentado pela nº 9.608 de 18 de fevereiro de 1998, conhecida como Lei do Trabalho Voluntário.

A Fundação Abrinq definiu assim o voluntário:

“voluntário como ator social e agente de transformação, que presta serviços não remunerados em benefício da comunidade; doando seu tempo e conhecimentos, realiza um trabalho gerado pela energia de seu impulso solidário, atendendo tanto às necessidades do próximo ou aos imperativos de uma causa, como às suas próprias motivações pessoais, sejam estas de caráter religioso, cultural, filosófico, político, emocional”.

Muitas são as atividades que se pode desempenhar na Casa Espírita, sempre há espaço para aqueles que desejam “doar seu tempo”. No entanto alguns cuidados devem ser observados, para que ambos os lados sejam, por assim dizer beneficiados. Vamos aos pilares desse trabalho edificante:

  • Presença: quem deseja trabalhar no ambiente da Casa Espírita deve planejar bem seu tempo de modo a não prejudicar a condução de suas atividades pessoais e do Movimento Espírita do qual vai participar ou já participa. Quando se assume uma atividade na seara Espírita pressupõem-se assiduidade e a responsabilidade. Toda uma cadeia de trabalhos e acontecimentos fazem parte ao mesmo tempo dentro da Casa Espírita, com uma dessas partes faltando, quebra-se essa “corrente” e a atividade provavelmente ficará prejudicada.
  • Amor ao trabalho: a princípio todos nós deveríamos amar o que fazemos, infelizmente nem sempre é assim. No voluntariado podemos fazer essa diferença, fazer essa condição fluir em nós. Toda tarefa que o voluntário se envolve é importante, sem exceção. Mas devemos ter cuidado ao escolher ou ser indicado para determinada tarefa, algumas exigem mais tempo que outras, outras habilidades específicas que ainda desconhecemos em nós, precisamos discernir e ter clareza do que queremos e realmente podemos oferecer. Vamos lembrar de Paulo:

“A mim tudo é permitido, mas nem tudo me convém” (1 Cor 6,12).

  • Convivência fraterna e companheirismo: Jesus é nosso modelo e guia, Ele poderia ter realizado todos os seus atos completamente sozinho, mas não o fez. Ele foi arrebanhando na caminhada Seus “amigos”, foi encontrando um a um que O ajudaram a concluir naquele momento o Seu trabalho. Assim podemos seguir Seu exemplo enquanto voluntários. Na seara espírita não se deve criar grupos fechados e separados e sim a convivência da união fraternal e do companheirismo. É natural que diante de tantas opiniões, é possível que ocorra diversidades de opiniões; que  tenhamos também entre nós espíritos nos mais diversos graus de amadurecimento. Devemos respeitar a todos, mas a união a fraternidade, o companheirismo e caridade são chave mestra para o bom relacionamento entre irmãos. 
  • Fidelidade aos princípios espíritas: o voluntário que doa seu tempo a Casa Espírita tem que estar harmonizado com o estudo da Doutrina Espírita, que abrace-a e nela tenha fé! Necessário se faz conhecer esses estudos, que estamos aqui de passagem, que estamos aqui em uma experiência corporal, que somos espíritos eternos, que já vivemos muitas e muitas vidas antes e que ainda viveremos muitas outras. Que a comunicabilidade com os irmãos do plano espiritual ocorre. Enfim, sem o estudo sério e dedicado, o voluntário não conseguirá entender os princípios dessa Doutrina esclarecedora. 
  • Amor ao próximo, respeito humano: nascemos simples e ignorantes, podemos pela nossa livre escolha e de acordo com a nossa evolução, determinar o caminho a seguir nessa encarnação e nas futuras, como também o fizemos nas anteriores. Amar a si mesmo é um dos caminhos, respeitar a você, outro caminho! Sem esses “amores”, se torna um tanto falso dizer eu amo o meu “próximo”, eu “respeito” aquela pessoa. Sinto em te dizer, mas você está se enganando.

Você não consegue ainda? busque Jesus em seu coração, busque Atendimento Fraterno em um Centro Espírita, será um bom caminho de ajuda inicial.

Você se ama e se respeita? Então você está pronto para iniciar sua jornada de voluntariado na seara Espírita, se assim for sua livre escolha!

Seja bem-vindo(a)! Jesus nos abençoe!

Carlos Alvim é voluntário no Centro Espírita Batuíra.

Referência Bibliográfica

O Autor assume inteira responsabilidade pelo conteúdo dos textos de sua autoria. Sua opinião não necessariamente expressa a visão do CENTRO ESPÍRITA BATUÍRA.

Voluntariado na Casa Espírita
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4 ideias sobre “Voluntariado na Casa Espírita

  • 20 de junho de 2021 em 10:35
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    Parabéns Carlos!

    Excelente texto, muito esclarecedor e educativo!
    Deus o abençoe!!

    Resposta
  • 20 de junho de 2021 em 10:36
    Permalink

    Parabéns Carlos!

    Excelente texto, muito esclarecedor e educativo!
    Deus o abençoe sempre!!

    Resposta
  • 20 de junho de 2021 em 11:30
    Permalink

    Excelente texto, mas acredito que o caminho para o amor próprio e autorrespeito verdadeiro é uma longa construção e o trabalho voluntário pode ser mais uma das muitas ferramentas que Deus coloca no nosso caminho, afinal sem as diversas relações não temos como nos conhecer. Que tal dar uma chance para o novo, sempre?!

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  • 20 de junho de 2021 em 12:22
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    Parabéns pela excelente reflexão. Realmente o trabalho voluntário precisa dedicação e amor, além da disciplina e comprometimento. Mas, em contrapartida nos aquece a alma e melhora nossa sintonia. É tudo de bom ❤️😘

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