Incertezas
Por Carlos Alvim
Desde imemoriais épocas perdidas nas brumas do tempo, o ser humano vive com dúvidas sobre o que ocorre após a morte. Morte essa que mexe com o imaginário de todos, sejam ateus ou crentes em algo ou alguma coisa além da sua própria compreensão.
Viver com essas incertezas é angustiante para uns e indiferente para tantos outros. Uns se apegam em crenças milenares, outros em absolutamente nada (tenho cá minhas dúvidas sobre esse “nada”).
Como explicar ou ao menos tentar fazer entender, que a mente humana ainda tão primitiva do ponto de vista evolutivo da nossa espécie, o que é possível ou melhor, o que é tangível realizar com os nossos pensamentos, com nossa existência? Quanto mais entender a morte.
Com a abençoada chegada do Codificador, anunciada pelo Cordeiro, esse véu vem pouco a pouco sendo desvendado.
A morte do corpo físico é tão somente uma mudança de roupagem, deixa-se o corpo material para ficar tão somente com o corpo etéreo.
O que você foi em vida carnal, continuará a ser na erraticidade do mundo espiritual, nossa verdadeira pátria, onde no caminho da eternidade chegaremos a extremos distantes do entendimento atual da nossa evolução cósmica.
No imaginário de muitos, inclusive em confrades espíritas, ao desencarnar, suas atitudes serão “julgadas” na entrada do Reino do Senhor, por seres espirituais, tais como juízes algozes.
O que nós encontraremos lá “do outro lado”, são os nossos arrependimentos do que não fizemos por nós mesmos e pelo outro enquanto aqui na crosta terrestre estávamos na última encarnação.
Esses arrependimentos podem durar o tempo necessário para que você se convença que Deus é único e amoroso Pai, que em tudo provê para que nós possamos evoluir. Não se esquecendo que fomos criados simples e ignorantes e que, as escolhas que geram esses arrependimentos são única e exclusivamente pensadas e praticadas por nós mesmos.
Aproveitemos a nossa vida encarnada para praticarmos a CARIDADE, primeiro conosco, para então estarmos seguros e experientes para poder entregar um pouco dela a outros que necessitam.
Emmanuel e André Luiz, espíritos abnegados que são, nos transmitiram inúmeras mensagens desse bem maravilhoso da caridade. No livro “Estude e Viva”, psicografado por Chico Xavier, outro abnegado benfeitor, citam entre outras, uma bela mensagem sobre a Caridade…
“(…) Lembra-te deles, os quase loucos de sofrimento, e trabalha para que a Doutrina Espírita lhes estenda socorro oportuno. Para isso, estudemos Allan Kardec, ao clarão da mensagem de Jesus Cristo, e, seja no exemplo ou na atitude, na ação ou na palavra, recordemos que o Espiritismo nos solicita uma espécie permanente de caridade.
As incertezas da vida, são criadas e gerenciadas por nós. Portanto, pule de fase (como dizem os nossos jovens), não procure as incertezas da vida. Dedique-se as CERTEZAS que ela nos proporciona. A certeza de que a vida e “morte” terrena, são recomeços de inúmeras oportunidades de crescimento e evolução.
A vida e a morte física nos proporcionam VIVENCIAR a mais bela obra jamais criada e a ser superada em nenhum tempo. A BONDADE e a AMOROSIDADE do PAI CELESTIAL para com todos os seres que vivem no universo infinito.
Pensem nisso! Paz e bem a todos.
Carlos Alvim é voluntário no Centro Espírita Batuíra.
Boa noite. Bela e oportuna reflexão. Gratidão pela oportunidade de refletir através desta verdade libertadora.