O mal não merece comentário em tempo algum
Por Nelia Naldi
Por quê será que nós, seres humanos, gostamos tanto de ouvir/falar sobre desgraças, mortes trágicas, doenças, acidentes?
Porque estamos mergulhados na psicosfera da Terra (um planeta de provas e expiações), que é a somatória de todos os pensamentos e sentimentos dos seres humanos, encarnados e desencarnados. Este é um complexo total, estamos sempre sob a influência uns dos outros.
É como se estivéssemos num aquário, mergulhados feito peixinhos, sujeitos todos a essa atmosfera que nos envolve.
Então não tem jeito? Não há como escapar disso?
Em ‘O Livro dos Espíritos”, p. 459, Kardec pergunta: “Os Espíritos influem sobre os nossos pensamentos e as nossas ações?” E os Espíritos respondem: “Nesse sentido a sua influência é maior do que supondes, porque muito frequentemente são eles que vos dirigem”.
De novo parece não haver escapatória. Mas vamos pensar: Espíritos somos todos nós, encarnados e desencarnados. E a influência é recíproca, funciona de todos os lados: de encarnado para encarnado, de desencarnado para desencarnado, de encarnado para desencarnado e de desencarnado para encarnado. Assim sendo, como fugir disso?
Novamente em “O Livro dos Espíritos” encontramos um alento. Na p. 467 Kardec escreve: “Pode o homem se afastar da influência dos Espíritos que o incitam ao mal?” E os Espíritos respondem: “Sim, porque eles só se ligam aos que solicitam por seus desejos ou os atraem por seus pensamentos”.
E é por isso que André Luiz, no livro “Agenda Cristã”, psicografia de Chico Xavier, lição 9, nos aconselha: “Lembre-se que o mal não merece comentário em tempo algum”.
Cada vez que lemos/ouvimos/fazemos um comentário sobre o mal, que ainda reside dentro de todos nós, (nas redes sociais, nos grupos de zap, na mídia em geral), estamos colaborando para que ele continue a nos envolver.
Para nos ligar ao mal não precisamos fazer nada: basta nos deixar envolver por essa atmosfera que nos circunda.
Mas se fizermos outra escolha, se buscarmos nos ligar ao Bem, fazendo um “Eusforço” para buscarmos o Bem que já existe em nós, conseguiremos elevar o nosso padrão vibratório, e assim nos sintonizar com os nossos amigos que, como nós, estão fazendo este mesmo trabalho interior, e com os companheiros espirituais do plano superior, que nos auxiliam sempre, em nome do Pai, a cada vez que nos esforçamos para crescer em nosso caminho evolutivo.
Não é uma tarefa fácil, exige cuidado em cada momento de nossas vidas, mas podemos conseguir realizá-la se buscarmos seguir a orientação de Jesus: “Vigiai e orai” (Mateus 26:41).
Nelia Naldi de Oliveira é Tarefeira do SECE Gabriel Delanne.
Excelente Nelia! Muito oportuno seu texto! Gratidão! Parabens! 👏👏👏Karis
Gratidão Nélia pela linda reflexão. Gostei da palavra “Eusforço” . De fato nisso reside nossa transformação. AK nos diz que o verdadeiro Espírita é aquele que se esforça para superar suas tendências inferiores. Não é perfeito, sabe de seus equívocos e se empenha em melhorá-los ou minimizá-los. Do mesmo modo o empenho em não propagar o mal ou a ausência do bem. Hoje ela existe e é forte pois nós, todos nós em maior ou menor grau, ainda nos deleitamos com esses comentários. Daí o “eusforço” para propagar o bem. O mal ainda reside dentro de cada um de nós. Chame de mal, tendências inferiores, equívocos, erros, como quiserem. Estamos em evolução, a reencarnação é nossa porta para atingir patamares mais elevados. Mediante o empenho individual chegaremos lá, mas sejamos condolentes conosco mesmo. Falhamos sim, caímos. Porém, não precisamos nos auto massacrarmos com essas quedas. Pelo contrário aprendamos com elas, amemos a nós mesmos e ao próximo com a mesma intensidade e a Deus acima de tudo. Apenas isso o Mestre nos pediu.
Excelente reflexão Nélia.
Realmente precisamos vigiar os nossos pensamentos e comportamentos, pois o mal só tem efeito sobre nós quando estamos conectados a ele.
Gratidão querida 🌹